Fevereiro de 2017, após tantas experiências no voluntariado, eu, Fábio Camargo, decidi montar um Projeto que não só considerasse o "assistido" como alguém improdutivo, sem nada a oferecer. a si mesmo, ou ao próximo, e pudesse tomar conciência de seu papel social, no seio da própria família, tirando-o da zona de conforto (o desconforto contínuo), e mudando sua visão de vida, motivando-o a buscar vôos maiores, com estudo e aperfeiçoamento constante.
O problema de tantas ONG´s, Organizações e Fraternidades, as quais participei, ou busquei informações, foi determinar o "assistido", simplesmente como a mão que está ali aberta, constantemente, para receber algo, e voltará na próxima semana, da mesma forma, e assim por diante, e assim pra sempre.
Outro grande desafio em manter o ânimo, foi notar o intenso, e, algumas vezes, opressivo cunho espiritual de algumas Instituições, em que, se a pessoa, carente, não se convertesse ou agisse como os líderes queriam, a ajuda tardava a chegar, quando esta não era cancelada, e esse movimento cíclico efetivamente nada proporciona à muita gente, mantendo-os em condições letárgicas, apenas trocando "abnegação" à dogmas, pelo que comer e vestir.
A necessidade era servir numa ONG, em que o estímulo social, a auto-preservação, o progresso pessoal e moral, o aperfeiçoamento técnico, a lapidação espiritual e o conforto psicológico fosse via de regra antes de qualquer outra ajuda. A somatória de dispositivos que pudéssemos ter para "acordar" o homem natural para uma realidade mais ativa, criadora e positiva, seria nosso grande trunfo e diferencial!
Como professores, acreditamos que o Conhecimento se constrói com 4 habilidades: ler, ouvir, escrever e falar.
Socialmente, o Conhecimento pleno para uma Vida melhor e mais abundante, está na somatória de muitos valores também, e a Cidadania, a Polivalência, a Auto-estima, a iniciativa própria rumo ao Progresso, a Bondade ao próximo, a Ajuda aos Animais de rua, o Zêlo pelo meio-ambiente, o cuidado aos idosos e mais fracos são assuntos muito abordados em nossas aulas de cidadania.
Munidos de uma visão progressista e pró-ativa para um mundo melhor, temos o ensino da Língua Inglesa como pano de fundo consistente, para agir com nossas ferramentas, quase que de maneira subliminar.
Já passamos da era do ditado "ensinar a pescar ao invés de dar o peixe", nós, professores do Projeto EnFA, trabalhamos desde o começo, e queremos cada vez mais nos aperfeiçoar em motivar o aluno a "construir a própria vara", e sua barcaça, e com isso, construir redes sociais cada vez maiores e mais prósperas ao seu espírito e evolução, seja psicológica, social ou mesmo, a auto-estima restaurada aprendendo um idioma tão importante, mas muitas vezes ignorado por muitos.
O Projeto EnFA funciona desde o primeiro dia lembrando aos alunos, especialmente as crianças, de que todos somos "pequenas engrenagens" e podemos sim mudar o Mundo; talvez não o mundo todo, mas o mundo ao nosso redor, e as pessoas que convivem conosco.
O EnFA, ora, a ONG EnFA, não possui vínculo político, ramificação religiosa, arrimo ideológico e jamais trabalhará com estas amarras, pois o homem, livre e ativo, com a mente desperta e conciente do seu papel social, saberá escolher por si o que lhe for melhor, assim como suas futuras mudanças, ou manter suas tradições, trilhar novos rumos, eaperfeiçoar-se para ser chamariz à outros, através de seus bons exemplos, não nos cabe envolver-nos sob "placas" desta ou daquela bandeira que não a do Ensino.
Vale ressaltar que respeitamos todas as religiões, crenças, ritos e ideologias, desde que motivem o homem à evolução e ao aperfeiçoamento moral, desde que não lhe imponha dogmas que o subjuguem, que protejam e cuidem de suas crianças, dos idosos, dos mais fracos, e seja um braço do Estado rumo à um país melhor!
Seremos parceiros de todo aquele, que assim, também respeitar nossa postura, em sermos neutros à algo que somente o coração da pessoa pode optar, pois nossa missão é apenas ensinar Inglês, e isso, fazemos muito bem!